Missão Noturna

13/09/2011 16:35
 
Ainda sinto saudades
de minha infância mal vivida,
do meu frescor, bem longe, ausente,
da minha dor manifestada humildemente.
 
Que graça me ver de longe.
Quantas vezes assim me contento.
Lembrar do esconderijo de onde em onde
que não se esconde dos meus pensamentos.
 
Ainda bem que existe a máquina de fazer poemas
só assim pude fazer
meus versos sem usar esquema
sem nada, com tudo, tudo que quero
com tantas misturas, um falso poeta sincero.
 
É tão angustiante quando se percebe
que és diferente de seu colega de turma.
Quando você se conhece
e jás! Já está em meio a sua
                                   [missão noturna.
 
E, de repente, pronto, acabou,
mas você nem percebe.
E a sua vida assim prossegue
e fica sabendo por que não chorou.
 
Porque suas lágrimas não são de verdade.
Porque seu poema imita como tal sua realidade.
Agora sei o porquê de meus poemas
                                   [é meu jeito de chorar disfarçadamente.